DIA DO ATLETA – Patrocínios transformam vidas e fazem sonho virar realidade na vida de atletas amadores e profissionais
Campinas, 21 de dezembro de 2023 – Inspirados em esportes mais populares como futebol, basquete, vôlei e corrida, dentre outros, e mais recentemente modalidade como o beach tennis, chegar a ser um atleta profissional é um sonho de muitas crianças e adolescentes. Mas a falta de recursos interrompe esse desejo para a maioria. Já para os chamados amadores, que vivem do trabalho e querem mudar de vida e participar de provas nos finais de semana, a realidade é ainda mais dura com os recursos contados para o dia a dia.
Nesta quinta-feira, dia 21 de dezembro, é comemorado o Dia do Atleta. O mundo esportivo está repleto de exemplos de realizações de sonhos, superações e até mesmo de transformação de vidas. Antônio Carlos de Jesus, 45 anos, conhecido nas provas de corrida como Carlinhos, trabalha há mais de 20 anos como gari em Campinas. Percorrendo cerca de 30 quilômetros por dia dentro de sua profissão, há sete ano, decidiu abandonar vícios prejudiciais a sua saúde e passou a se dedicar aos treinos e corridas de rua. Mas participar de provas nas cidades da região ainda era um sonho, pela limitação dos custos.
O sonho começou a virar realidade quando o atleta ganhou o patrocínio da Noblu Spots, que organiza provas em diversas cidades brasileira, viu o esforço e a dedicação de Carlinhos e decidiu apoiá-lo.
Najara Lousada, maratonista, outra atleta patrocinada pela empresa, é outro exemplo de superação. “Sempre pratiquei esportes, mas por problemas pessoais parei de praticar em 2007 e em 2009 entrei na academia e ouvi falar de corrida, e não foi qualquer corrida. Dois amigos estavam se preparando para correr a São Silvestre e faltava três meses para a corrida acontecer e fiquei interessada”, conta. “Comecei a treinar com eles sem saber nada e fui para a São Silvestre de 2012. Me apaixonei e comecei a treinar, me mergulhei neste mundo mesmo muitas condições financeiras para isso, mas com muita garra e coragem”.
A sua primeira maratona foi em 2012, em Porto Alegre e no ano seguinte, no Rio de Janeiro, “tomando leite com toddy, pois nem dinheiro para comprar whey eu tinha”, relembra. “Não tinha tênis para correr, usava shorts do meu marido, emprestava relógio de amigos para correr, tinha que escolher pagar inscrição de corrida ou comprar mistura para casa, e muitas vezes eu ia para as corridas com o dinheiro da gasolina contado, sem ao menos ter dinheiro para tomar um café, ganhava a corrida e voltava pra casa comer arroz branco com farinha, Mas nunca desisti, Deus sempre falava para eu continuar pois minha hora iria chegar. Sempre confiando e acreditando no meu sonho, com sorriso no rosto”, conta.
Najara diz que no início foi contra todos que perguntavam o que você ganha correndo? Quanto você paga para correr? Olha a menina do shortão. “Alguns riam e tiravam saro da minha cara”, relembra. Em 2014 essa situação começou a mudar, quando foi chamada a fazer parte da equipe da Noblu. “Hoje sou patrocinada por eles, realizei meu sonho de ter uma marca comigo”, diz. “Sou muito grata a Deus e à corrida que me levou para lugares que eu jamais sonhava em ir”.
“O patrocinar é um parceiro que acredita no time e investe para que todos brilhem juntos. É praticamente um mach perfeito para impulsionar o esporte. E é através deles que temos recursos financeiros, equipamentos e e visibilidade”, acrescenta Najara.
Marina Malachias, corredora, também tem histórias de superação. “No final de 2007 meu namorado me chamou para participar da “Corrida Integração” em Campinas. Eram 10Km de prova. Foi aí que comecei a correr. Sempre gostei de desafios e queria mostrar que era capaz. A partir daí me apaixonei pela modalidade.
Formada em Educação Física, afirma que os gastos com inscrições para corridas, compra de materiais esportivos, suplementação, dentre outros, não são simples como muitos pensam. “Por isso, agradeço muito a todos que me apoiam, incentivam, acreditam no meu potencial e me fazem acreditar ainda mais que SIM: É possível atingir nossos objetivos e realizar nossos sonhos. Mesmo que “mais tarde”, seja no esporte, seja na vida”
Augusto Dottaviano, fundador e sócio da Noblu Sports, lembra que a empresa tem uma política de incentivo e apoio a atletas amadores e profissionais há mais de dez anos, mas que se consolidou há um ano. “Hoje patrocinamos quatro atletas, sendo três mulheres e um homem”, conta. “Nosso critério de escolha sempre foram três: performance, necessidade do atleta e ética no esporte”.
Além de valores, a política de patrocínio a atletas da Noblu inclui taxas para inscrição em provas, fornecimento de material esportivo, dentre outros.
“O patrocínio para o atleta, seja privado ou público, é essencial para potencializar ainda mais os resultados, bem como muitas vezes é para o mesmo pagar coisas básicas por não contarem com o recurso”, acrescenta Pedro Henrique Escodro de Souza, sócio da Noblu Sports”
“Patrocinar atletas amadores vai mais do que dar dinheiro para atletas ou visibilidade para a empresa, patrocinar atletas é manter vivo o esporte amador é manter vivo os sonhos para muitas pessoas”, complementa Jeferson Rosa, também sócio na empresa.