Gastos na Região Metropolitana de Campinas com alimentação fora do lar devem aumentar 8,2% em 2024
Estudo de potencial de consumo é do IPC Maps aponta gastos de R$ 8,660 bi neste ano e anima empresários
Campinas, 12 de junho de 2024 – A recuperação do poder aquisitivo nos últimos meses deve impactar os gastos dos moradores dos 20 municípios que integram a Região Metropolitana de Campinas (RMC) com alimentação fora do lar (incluindo alimentação e bebidas). A estimativa para 2024 é de que esse ítem somem um volume de R$ 6.318.582.372 bilhões. É o que aponta a pesquisa Potencial de Consumo, realizada pelo IPC Maps. O Produto Interno Bruto (PIB) da RMC é de R$ 266.807.891,88 bilhões, com um PIB per capita de R$ 79.817,91.
O potencial de gastos com alimentação fora do lar estimados para este ano é estimado em 6.318.582.372 bilhões, um aumento de 8,2% sobre o montante dispendido no ano passado. O crescimento, de acordo com o levantamento, deve acontecer nas quatros classes sociais: R$ 1.189.823.736 na classe A (alta de 8,5%), R$ 3.157.629.117 na classe B (+8,2%), R$ 1.778.660.970 pela classe C (+8,1%) e R$ 192.468.548 na classe D (aumento de 8,5%).
A recuperação da economia também beneficiou o setor. A RMC conta hoje com 1.778 novos estabelecimentos, chegando a 32.577, uma alta de 5,8% novos empreendimentos aberto em relação a 2023.
André Mandetta, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abasel) Regional Campinas, vê a projeção como positiva. “O aumento do consumo na região é importante para trazer esperança para o empresário equilibrar o caixa, já em ainda temos 20% dos estabelecimentos em prejuízo, segundo a última pesquisa da Abrasel, além do alto nível de endividamento, de 32% em abril”. Ele diz, ainda, que um setor significa geração de mais empregos ao longo do ano
Quanto ao crescimento do número de estabelecimentos, diz que isso mostra que o setor de bares e restaurantes é bastante resiliente, atraindo investimentos e o empreendedorismo.
Quem também vê com bons olhos essa expectativa de crescimento é Dino Ramos, sócio do Dom Brejas e do recém inaugurado Boteco Miúdo. “Acredito que esse crescimento reflete em toda a cadeia envolvida no setor, desde os empresários que se sentem mais à vontade para investir, fornecedores e a população, com expectativa de geração de mais empregos”, afirma. “O movimento vem crescendo nos últimos meses, tanto que percebemos essa tendência e abrimos neste ano um novo empreendimento, o Boteco Miúdo”, completa.
“O mercado de alimentação fora do lar é muito sensível ao que está acontecendo na nossa economia. Quando o pessimismo toma conta do mercado o reflexo nos bares e restaurantes é imediato, mas também comemoramos quando o resultado é positivo”, salienta Júnior Pattaro, proprietário do Empório do Nono e Espósito Pizzeria. “Um aumento, de 0,8% como chegou a divulgar o IBGE, já gera um otimismo grande nas pessoas, fazendo com que bares e restaurantes tenham suas casas cheias novamente.”
André Biazzo, do Banana Café Campinas”, a expansão do setor não apenas fomenta a economia local, mas também cria mais empregos e fortalece a cadeia produtiva como um todo. “A perspectiva para 2024 é positiva, e o setor de food service tem tudo para se destacar como um dos grandes motores do desenvolvimento econômico da região”, completa. Ele acrescenta que para atender a essa demanda crescente “estamos focados em diversificar nossos negócios e inovar no atendimento para capturar essa nova onda de consumo
Roger Antonio Domingues, diretor comercial e fundador da rede Lanchão Brasil, diz que a expectativa de crescimento de vendas e faturamento para este ano é positiva. Mas pondera que essa perspectiva vai depender muito do comportamento da economia ao longo dos próximos meses.