Exportação do Estado de São Paulo para os EUA cresce 12,6% no 1º semestre; importação tem queda de 2,4%
Corrente bilateral superou US$ 12,3 bilhões, segundo maior valor da história
Campinas, 18 de julho de 2024 – As exportações do estado de São Paulo para os Estados Unidos atingiram US$ 6,1 bilhões no primeiro semestre de 2024, um aumento de 12,6%. Por sua vez, as importações somaram US$ 6,192 bilhões (queda de 2,2%). No total, a corrente comercial atingiu US$ 12,3 bilhões – 2º maior valor da série histórica, ligeiramente abaixo de 2022 (US$ 12,4 bilhões). Na comparação interanual, houve um aumento de 4,5% na corrente bilateral em relação ao mesmo período de 2023. Os números são do Monitor do Comércio Brasil-EUA, da Amcham.
O Brasil exportou para os EUA o valor recorde de US$ 19,2 bilhões nos seis primeiros meses do ano, um aumento de 12% (ou US$ 2,1 bilhões) em relação ao mesmo período do ano anterior.
O acompanhamento mostra que é o estado de São Paulo registrou o menor déficit comercial na década, de US$ 49,6 milhões no primeiro semestre de 2024. Isso se deve pelo aumento de 12,6% das exportações e queda de 2,4% das importações bilaterais.
O comércio entre o Estado de São Paulo está concentrado na indústria de transformação, que representa a maior parte das exportações e importações. O setor passou de 89,9% das exportações do estado aos EUA no primeiro semestre de 2023 para 92,2% no mesmo período em 2024 – aumento puxado pelas exportações de aeronaves (14,9%), equipamentos de engenharia civil (5,8%) e óleos combustíveis (124,9%). Nas importações, a indústria de transformação teve queda na sua participação, de 94,1% (2023) para 91,2% (2024). A indústria extrativa teve um ligeiro aumento, de 5,4% (2023) para 8,3% (2024) pelo aumento nas compras de óleos brutos de petróleo (32,3%).
Willy Lobbe, Superintendente da Amcham Interior de São Paulo, explica que os Estados Unidos tem um peso muito grande na economia paulista e no interior do estado, onde estão concentradas a maioria das indústrias. “Os Estados Unidos são o maior destino das exportações (18,5%) é a segunda maior origem das importações (17,1%), atrás da China (20,0%)”.
DADOS
Participação na exportação
Indústria de Transformação 92,2% (89,9% no ano passado)
Indústria Extrativa: 5,4% (7,6% no ano passado)
Agropecuária: 1,7% (1,4% no ano passado)
Importações
Indústria de Transformação 91,2% (94,1% no ano passado)
Indústria Extrativa: 8,3% (5,4%, em 2023)
Agropecuária: 0,2% (0,1%, em 2023)
10 produtos mais exportados
Aeronaves – US$ 879,7 765,4 milhões – 4,2% de crescimento
Equipamentos de engenharia civil US$ 702,1 5,8%
Óleos combustíveis de petróleo US$ 512,6 124,9%
Sucos de frutas ou de vegetais US$ 355,2 1,2%
Óleos brutos de petróleo US$ 330,7 -19,4%
Despojos comestíveis de carnes, preparados ou preservados US$ 158,7 -9,0%
Veículos automóveis US$ 146,9 60,4%
Motores de pistão, e suas partes US$ 124,4 24,8%
Álcoois, fenóis e derivados US$116,9 11,6%
Óleos essenciais US$ 109,7 18,2%
Demais produtos US$ 2.704,0 9,3%
10 produtos mais importados
Óleos brutos de petróleo US$ 426,7 23,6%
Inseticidas, rodenticidas, fungicidas US$ 329,5 409,8 -13,9%
Medicamentos e produtos farmacêuticos US$ 309,6 -57,3%
Aparelhos de medição, verificação e controle US$ 263,2 -9,4%
Outros medicamentos, incluindo veterinários US$ 253,8 -15,8%
Compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos US$ 238,0 -12,5%
Motores e máquinas não elétricos US$ 186,5 -38,1%
Outras matérias plásticas em formas primárias US$ 175,1 2,3%
Aeronaves e suas partes US$ 14,3%
Motores de pistão, e suas partes US$ 151,0 2,8%
Demais produtos US$ 3.706,7 -2,7%