Bares e restaurantes criam mais de 7.545 mil novos empregos de carteira assinada em julho, segundo Caged; Na RMC, foram 54

Nos últimos 12 meses, já foram mais de 88 mil vagas formais criadas por bares, restaurantes e similares

Campinas, 03 de setembro de 2024- Segundo os dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) na última quarta-feira (28), o setor de bares e restaurantes registrou um saldo positivo de 7.545 novos postos de trabalho em julho. Na Região Metropolitana de Campinas, foram 54 postos gerados no período. Com esse desempenho, o setor acumula 88.603 novas vagas formais entre julho de 2023 e julho deste ano, consolidando-se como um dos principais motores de criação de empregos no país.

E os bares e restaurantes continuam sendo a principal porta de entrada para os jovens no mercado de trabalho. Em 2024, cerca de 29 mil contratações formais no setor foram de pessoas com idades entre 18 e 24 anos. O dado reflete a capacidade dos empreenderes de alimentação fora do lar em absorver esse tipo de mão de obra, oferecendo oportunidades de primeiro emprego e desenvolvimento profissional. 

Para Paulo Solmucci, presidente-executivo da Abrasel, apesar dos bons resultados, o setor ainda enfrenta desafios na contratação de mão de obra. “Esses números refletem a resiliência e a capacidade de adaptação do setor de bares e restaurantes, que, apesar das dificuldades econômicas, continua a ser um dos principais motores de criação de empregos no país. No entanto, embora o salário médio do setor esteja em constante crescimento e cerca de 50% acima do salário-mínimo vigente, ainda enfrentamos grandes dificuldades para encontrar mão de obra qualificada e pessoas interessadas nas vagas”

Segundo pesquisa da Abrasel, 29% dos empreendedores pretendem contratar mão de obra até o final do ano. No entanto, destes, 89% consideram “difícil” ou “muito difícil” encontrar mão de obra qualificada. Além disso, 25% dos empreendedores enfrentam o desafio de encontrar pessoas interessadas em preencher as vagas.

Variação na média salarial 

Já os dados da PNAD, divulgados na última sexta-feira (30) pelo IBGE, indicaram que o salário médio do setor no segundo trimestre, chegou aos R$ 2.115, um aumento de 5,1% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse aumento, acima da inflação em 12 meses (que foi de 4,5%), indica uma das estratégias dos empresários para reter funcionários.

Ainda segundo a pesquisa da Abrasel sobre contratação de mão de obra, outras estratégias adotadas pelos empreendedores incluem premiação por desempenho, oferta de cursos e treinamentos e benefícios adicionais, como plano de saúde, vouchers e bolsas de estudo.