Queda no faturamento de lojistas de shoppings com novas restrições pode chegar a 50%
Levantamento foi feito pela Comissão de Shoppings Center da OAB Campinas
Campinas, 26 de janeiro de 2021 – As novas restrições impostas pelo Plano São Paulo para conter o avanço do novo coronavírus e desafogar os hospitais vão trazer forte impacto para os lojistas de shoppings centers. Levantamento realizado pela Comissão de Shoppings Centers da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campinas indica uma queda em torno de 50% nas vendas nas próximas duas semanas.
Segundo o levantamento da entidade, a proibição de abertura dos shoppings centers aos fins de semanas impactará e muito no faturamento dos lojistas, uma vez que 45% das suas vendas ocorrem aos sábados e domingos. Deixando de faturar nesse período, somando a limitação de horário de segunda à sexta, o prejuízo para o lojista passará de 50%.
“É um cenário bastante preocupante”, alerta o presidente da Comissão Gustavo Maggioni. Ele ressalta que o setor já estava operando com vendas 40% abaixo de antes do inicio das restrições, em março do ano passado. “Somente no ano passado tivemos o encerramento de mais de 100 estabelecimentos comerciais localizados nos shoppings de Campinas e este número pode aumentar bastante com estas novas medidas restritivas, sem falar nas consequências indiretas, como o desemprego e fechamento de novas oportunidades de emprego”, alerta Maggioni.
De acordo com ele, o setor já vem sofrendo com queda do faturamento e até mesmo com o aumento em suas despesas, como: aluguel, encargos de condomínio, tributos e encargos trabalhistas. “Até dezembro os empresários contavam com ajuda federal para pagamento de seus funcionários, o que não existe mais”, lembra. “Além disso, os empréstimos concedidos pelo governo federal começam a ser devidos neste inicio de ano e grande parte dos lojistas não terá condições de honrar mais este compromisso”.
Para Maggioni, as medidas que se estendem por duas semanas vão agravar ainda mais este quadro já preocupante e salienta. “As medidas diminuem o horário de funcionamento dos shoppings, quando deveria ser o contrário, ou seja, redução da capacidade e aumento do horário de funcionamento para evitar aglomerações”, conclui o presidente da Comissão de Shoppings Centers da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campinas.