Cenário econômico e Reforma Tributária reforçam a importância do planejamento das empresas para 2024, alerta Head da AG Antecipa

Traçar cenários é desafio, mas ajuda a minimizar incertezas e projetar crescimento

Campinas, 03 outubro de 2023 – Incertezas sobre o cenário econômico nacional e mundial; impactos da reforma tributária a real dimensão da carga tributária no dia a dia dos negócios; cenário de juros ainda em patamar elevado. Esses são alguns dos principais desafios para as empresas em 2024. Buscar traçar cenários para o crescimento sustentado e minimizar as incertezas é um desafio que deve começar a tomar conta da agenda dos empresários neste último trimestre do ano com a adoção de um planejamento tributário e estratégico.

O economista e Head Financeiro da AG Antecipa, Leonardo Rocha de Felipe, explica que o Brasil, apesar da retomada do crescimento nos últimos meses e as projeções para os próximos anos, ainda vive um momento de incertezas nas áreas econômica, tributária e fiscal, reflexos deixados pela pandemia, pelo quadro econômico mundial atual e as indefinições do real impacto da Reforma Tributária para as empresas nos próximos anos.

“O país vem de cenário com juros alto, que se manteve por longo tempo, desencadeando um efeito desestimulante no setor produtivo, aliado à taxa de inflação em patamar elevado e pela evolução de preços, principalmente comodities”, explica. “Com todos esses fatores, as empresas passaram e ainda passam por um grande sufoco, alta taxa de endividamento e dificuldade para obtenção de crédito, cuja tendência é continuar escasso ainda nos próximos anos”, explica.

Para o Head da AG Antecipa, apesar das incertezas e dificuldades, um caminho para as empresas enfrentarem as dificuldades é aproveitar este último trimestre de 2023 para se preparar, através de um bom planejamento das operações, financeiro e sobre o fluxo de caixa para o ano que vem, além de pensar na adoção ou aperfeiçoamento do sistema de gestão. “Um bom planejamento estratégico é o alicerce para o crescimento sustentável, enquanto um sistema de gestão eficiente é uma espinha dorsal que permite que todas as operações da instituição fluam harmoniosamente

Sobre o planejamento, ele lembra que o Governo vai precisar arrecadar mais para manter suas contas e metas, o que pode elevar a carga tributária, além do que está sendo previsto com a Reforma Tributária para vários setores. “As empresas, especialmente pequenas e médias, devem se preparar e buscar ajuda de especialistas para minimiza a carga tributária e projetar crescimento nos negócios”.

Leonardo lembra que o Brasil está entrando em um ciclo de queda da taxa de juros, mas que seu impacto ainda vai demorar para ter reflexos na economia. “A maior parte das empresas está com nível alto de endividamento e baixo fluxo de caixa, para isso precisam buscar soluções fora do óbvio, que são os bancos, para manter as atividades e estimular o crescimento”

Segundo ele, para um estimulo maior de produção e vendas, o ideal seria taxas de juros entre 6% a 7%, o que ele acredita que seja algo impossível imaginar diante do cenário macro econômico da economia brasileira e mundial. “Existe sempre alerta ligado para a inflação e o Banco Central não pode reduzir os juros de forma rápida”.