Com aumento de brasileiros interessados em empreender, especialista aponta causas que podem levar um novo negócio a fechar as portas
Pesquisa apontou que 50 milhões de pessoas querem investir em negócio próprio em cinco anos
Com aumento de brasileiros interessados em empreender, especialista aponta causas que podem levar um novo negócio a fechar as portas
Pesquisa apontou que 50 milhões de pessoas querem investir em negócio próprio em cinco anos
Campinas, 14 de outubro de 2021 – Com a taxa de desemprego alta gerada pela pandemia e pela falta de perspectivas para recolocação a curto e médio prazo, cerca de 50 milhões de brasileiros pretendem investir na abertura de um negócio próprio nos próximos três anos, segundo Pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM). O número representa um aumento de 75% nas intenções em relação ao levantamento anterior.
Apesar de mostra o alto grau de empreendedorismo no País, considerado um dos maiores do mundo, virar empresário no Brasil exige preparo e cuidados para que o sonho não vire um pesadelo no futuro, como alerta Antônio Carlos Ayuso, contador e diretor da Ayuso Contabilidade.
O Brasil figura no ranking como um dos países que mais abrem empresas no mundo, porém a vida útil da maioria das empresas é de pouca longevidade. De cada 10 negócios abertos, oito fecham as portas em dois anos, lembra o diretor da Ayuso Contabilidade.
Ayuso conta que a maioria das pessoas que abre um negócio, por vontade de empreender ou mesmo para encontrar uma fonte de renda como alternativa ao desemprego, entra para o mundo corporativo sem as mínimas noções de estruturação, gerenciamento do negócio e das finanças, custos e estratégias. “Quando a pessoa decide fechar sua empresa pelo insucesso e prejuízos, as principais causas apontadas são: impostos altos, política governamental, funcionários e outras causas”, conta.
Ayuso aponta que, na verdade, o fracasso do negócio está diretamente ligado a alguns fatores cruciais, que recebem pouca atenção por parte do empreendedor antes e durante o funcionamento da empresa. São eles: falta de controle; falta de conhecimento básico da gestão de caixa; desconhecimento do ciclo de caixa; deixar de usar a contabilidade como instrumento gerencial; não trabalhar com projeção orçamentária; deixar de fazer o preço de venda de forma correta; desconhecimento dos mecanismos dos impostos; pagar somente os impostos diretos, que são sobre o lucro, pois o lucro pertence aos proprietários da empresa; e deixar de investir em inovação.
Ele alerta aos velhos e futuros empreendedores que ter um contador ao seu lado pode ajudar o seu negócio a prosperar, evitando o fechamento em poucos anos. “A contabilidade relata a ação dos seus gestores através do gerenciamento diário e dos balanços, identificando as origens dos recursos (passivo e patrimônio líquido) e onde esses recursos estão alocados, suas aplicações (Ativo) e com passa a ter o equilíbrio financeiro”.
Ainda segundo Ayuso, as ações dos gestores, com acompanhamento do contador, podem fazer toda a diferença no negócio. “Se as origens forem bem aplicadas, ele terá lucro. Já a falta de conhecimento e descontrole levarão a constantes prejuízos, causando a interrupção do ciclo de vida da empresa”, completa.