Sedentarismo pode provocar graves doenças vasculares Veja cinco dicas selecionadas pela professora da Cia Athletica para se exercitar em casa neste período do de isolamento
Campinas, 24 de junho de 2020 – O isolamento social tem feito com que as pessoas passem muito tempo dentro de casa sem praticar quase nenhuma atividade física. Isso tem elevado o grau de sedentarismo, aumento dos riscos à saúde, especialmente as diretamente ligadas às doenças vasculares em todas as idades.
Profissionais das áreas médicas e de saúde alertam para os riscos e lembram que durante o período de isolamento social é importante manter uma rotina saudável.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBAVC), a falta de consumo de fibras e o excesso de carboidrato, gordura e sódio na alimentação, associados ao sedentarismo, são as maiores causas de doenças vasculares na juventude. A trombose venosa profunda (TVP) e a doença aterosclerótica são as mais incidentes porque estão ligadas à qualidade de vida do indivíduo.
Cerca de 1% da população, de até 50 anos de idade, sofre de trombose arterial, cuja maior causa é a aterosclerose. Apesar do número não parecer tão alarmante, a cada 100 mil pessoas mil são acometidas pela doença. Já no caso de TVP, há uma incidência de 60 casos a cada 100 mil habitantes. As maiores causas da doença são gravidez, obesidade e uso de anticoncepcionais, além de tratamentos de reposição hormonal.
ATIVIDADE FÍSICA
Para reduzir os impactos do sedentarismo e das consequentes doenças, Cristiane Peixoto, profissional de Educação Física a rede Companhia Athletica, indica algumas atividades para serem praticadas em casa nestes dias.
1 – Procure orientação
O ideal é que as pessoas que já praticavam atividades físicas mantenham contato com seus professores. Felizmente a prática conta, hoje, com ajuda da tecnologia, que facilita a comunicação.
Quem não tem a orientação de um profissional deve ser criterioso na busca por opções que mais se aproximem das práticas com as quais está familiarizado, e ter a consciência de que agora não é o momento de se aventurar em novas modalidades.
2 – Prepare um espaço adequado
O ambiente precisa ser estudado para garantir a eficiência dos movimentos e a segurança para não causar lesões. Tapetes, móveis baixos, objetos no chão podem aumentar o risco de queda. “O ideal é que o espaço seja amplo, para evitar acidentes. Se não for possível, é preciso adaptar os exercícios para um espaço menor. O importante é se movimentar”, explica a educadora física.
3 – Não exagere na intensidade
No momento atual, grande parte das pessoas pode dedicar mais tempo à rotina de exercícios, mas não precisa exagerar. “Atividades de intensidade baixa já são o suficiente para fortalecer o sistema imunológico. O importante é que sejam consistentes e realizadas com frequência”.
O treino pode ser simples, sempre respeitando os limites do corpo e o espaço dedicado a essas atividades. “É importante, primeiramente, começar com um aquecimento articular adequado, mobilizando ombros, quadril e coluna. Seguir com exercícios básicos de fortalecimento muscular. Movimentos rítmicos ou pequenos deslocamentos do corpo estimulam o sistema cardiorrespiratório. Por fim, encerrar com alongamento e relaxamento”, orienta.
Para manter a saúde cerebral, é importante acrescentar treinamento cognitivo à rotina com atividades que envolvam raciocínio, memória e noção espacial.
4 – Prepare-se como se fosse sair de casa
O maior desafio é lidar com as adaptações e driblar a falta de motivação que a ausência do local e da rotina de atividades pode proporcionar. Uma das ferramentas para ressignificar a rotina de exercícios é se arrumar da mesma forma, como se fosse sair de casa.
Alimente-se bem, coloque uma roupa apropriada para exercícios (nada de pijamas!), encha uma garrafinha d’água, separe a toalhinha e vá para a sua academia particular.
5 – Suporte emocional também é importante
O tempo prolongado de solidão, afastamento das atividades habituais, preocupação com amigos e familiares podem contribuir para o aumento do desânimo e sintomas depressivos, reduzindo a probabilidade desse idoso se manter ativo e produtivo.